Vivemos em tempos em que nossas crianças estão vivendo como pequenos adultos. A criança que hoje se encontra no período considerado como Infância esta experimentando um encurtamento desta fase de vida que deveria ser protegida e prazerosa.
Se em um lado temos a criança que está no campo que não consegue encontrar tempo para brincar entre o trabalho e a escola, do outro, na cidade lidamos com pequenos que independentemente da classe social correm em função da produção do trabalho.
Os mais privilegiados estão na luta para manter aquilo que foi conquistado pelos pais, que por sua vez querem criar pessoas prontas para a realidade, que lutam, que competem e principalmente: que ganham! São crianças que se perdem entre o futebol, natação, ballet, judô e as vezes não encontram tempo para brincar.
As crianças de rua ou moradores de favela estão correndo para lá e para cá, pulando de um canto para o outro tentar ganhar algum dinheiro. Catando lixo na rua ou trabalhando para os pais também não encontram tempo ou importância para a escola, sem contar com o agravante da violência e das drogas que oferecem uma aparência de “facilitadores” dentro desse desespero de viver para sobreviver.
Os mundos são opostos, mas correm em função dos mesmos elementos. As crianças são diferentes, mas são todas crianças. Ser criança não significa ter infância.
Sobre Infância Interrompida: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=10031
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